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Até disse á minha Maria, para tentar junto das amigas dela, passar a frase do nosso Primeiro para assim criar uma onda de esforço pelo nosso rico Portugal. Foi um dia feliz para mim, em que me senti um grande português e com o dever cumprido.
O pior foi de noite! Sonhei que na rádio davam notícias de que certos administradores de uma empresa pública auferiam salários muito superiores ao nosso Presidente e tinham ajudas de custas num valor exorbitante; que o presidente de uma câmara municipal da zona norte comprou um carro para as suas difíceis deslocações no valor de 80.000,00 euros; que dois administradores não executivos, do Metro do Porto, tinham cartões de crédito para despesas de representação no valor de 4.500,00 euros e que um senhor que se retirou da administração de uma grande empresa pública ficou com uma reforma de 3.500,00 euros; para cúmulo, enchi a minha Maria de porrada por ela ter saído com as amigas e ter gasto dinheiro em compras no shopping.
Mas isto foi tudo a sonhar...
Joaquim Gamelas
3 comentários:
Não me choca que alguns bons administradores ganhem fortunas., desde que gerem riquezas e paguem os seus impostos, numa lógica de responsabilidade social. Os salários têm de ser vistos numa perspectiva de investimento - retorno. Desempenho.
Como um jogador de futebol. Alguns ganham mais de 500 mil euros mensais. Merecem-no? Claro que sim, se pensarmos no que dão a ganhar à entidade patronal, em resultados desportivos, bilheteiras e merchandising. No mercado privado, poucos são os que andam a dormir.
Agora os cargos públicos são outra questão. Tirando o Director do DGCI que está de saída, que curiosamente era competente (as penhoras de vivendas e automóveis de luxo dispararam) e pago a peso de ouro, o resto da gangada não justifica as suas mordomias. Curioso que talvez por ser produtivo numa máquina burocrática, esse mesmo Director esteja de saída.
Acho que vou ter pesadelos... :/
Isto é quase como discutir o sexo dos anjos. Acho que acima de tudo há desiquilibrios sociais provocados pelo incomprimento dos contribuintes. Infelimente a maior parte dos portugueses só se queixa dos seus direitos mas esquece-se das suas obrigações. Sem falar no continuo desajuste das tributações...mas é difícil criar um ponto de partida pra resolver todos estes defeitos do nosso país.
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